Hoje à tarde tive dores.
Eu estava escovando os dentes após o almoço quando minha coluna "retorceu" (parece que tenta dar um nó mesmo) e tive que me segurar na pia.
Respirei e terminei de escovar os dentes com uma mão enquanto a outra apoiava meu tronco na pia.
Fui para o quarto, tomei o remédio pra dor e me deitei.
Coloquei Chaves pra assistir pelo YouTube (hehe ainda me divirto muito com ele) e acabei dormindo.
Acordei quase nova, já que teria que perder alguns anos pra isso e de quebra seria bom perder uns kilos também rsss.
Mas brincadeiras à parte, me lembrei de quando comecei minha lutinha contra o mieloma, essas dores eram contínuas e em alguns momentos muito intensas e me lembro que meu maior medo era morrer com aquela dor.
Nunca temi a morte, acho ela bastante simples até, o que me causa pavor é em como vou chegar até ela.
Porém percebo que aprendi a conviver com a dor de maneira que apenas páro e espero pra então recomeçar a caminhada. E hoje consigo ver a dor como um pedido do meu corpo pra parar um pouco, desacelerar e controlar minha ansiedade.
As pessoas têm tantos problemas e hoje já não vejo muita diferença entre estar doente e viver uma vida doente por ter, por exemplo, um péssimo casamento.
As lutas são todas difíceis e estão aí pra serem vencidas.
O mieloma não é uma pessoa, não tem sentimento e luta pra "sobreviver", pior é conviver com uma pessoa que não tem amor, muitas vezes nem pelos filhos, e prejudica o próximo em nome da própria "sobrevivência".
Eu desejo que eu seja curada assim como todo o ser humano doente emocional e espiritualmente seja liberto de sua própria maldade e egoísmo.
Dag Veloso
Ops! Falei de mais??? Nem sei porque escrevi tanto...rss
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