sábado, 27 de maio de 2017

Um café e um sorriso

E de uma menina cheia de sonhos e ilusões, muito romântica nasceu uma mulher prática, sem romantismo algum, já machucada pelas farpas da vida.
No entanto o amor renasce em seu coração.
Foi um café o responsável.
O café e um sorriso.
E tudo se transformou.
Então renasceu uma nova mulher, cheia de sonhos e com o romantismo a lhe enfeitar a vista.
E a vida é a responsável por esta paixão.
Aceita um café?

Dag Veloso




domingo, 21 de maio de 2017

Outono

Campos do Jordão

Outono é minha estação favorita.
Dias perfeitos, o vento parece cantarolar, é um período de romantismo ímpar.
Apesar de ser a primavera a estação das cores é o outono que traz aquela sensação de aconchego, aproximação e união.
Esse ano meu outono foi marcado pelas lindas folhas europeias de Campos do Jordão, cenário romântico e inesquecível.
Vivi muitas coisas mas nada se compara ao que vivi naqueles dias em Campos e jamais esquecerei as lindas paisagens, o friozinho elegante, sua arquitetura campestre e tudo lá foi perfeito.
Gostaria que aqueles dias nunca tivessem se acabado.
Mas como tudo, aquilo também se foi e hoje é só uma doce lembrança.
A vida segue, as lutas chegam e os doces momentos ficam pra que jamais esqueçamos de que um dia a história fora perfeita.
Sempre sentirei sua falta, Campos do Jordão.

Dag Veloso 

Escrever e viver

Sinceramente eu amo escrever e faço isso razoavelmente bem, o suficiente pra passar naquilo que escrevo tudo aquilo que sinto.
As situações de minha vida me ensinam ou me fazem pensar e repensar e então eu escrevo.
Não é sobre você ou outra pessoa mas sobre mim e tudo o que sinto.
Alguns se identificam tanto que tomam como pessoal, me excluem, já teve quem tirou satisfação e eu, nem de longe, havia pensado na pessoa...rss Faz parte!
Mas é sempre sobre mim.
Desde pequena gostava de diários, tinha poucas amigas por conta da timidez exagerada e era muito fechada, encontrava na caneta um guia e no papel uma pousada reconfortante, talvez meu verdadeiro lar.
No dia 10 de junho de 2005 alguém me perguntou se eu precisava de algo, eu estava imóvel numa cama de hospital e provavelmente não voltaria a andar e eu pedi apenas um caderno e uma caneta.
Escrevia tudo que sentia ali, dia após dia entre lágrimas e dores.
Anos depois (graças à Deus andando) fui apresentada ao mundo maravilho (talvez não tão maravilhoso) do blog. Foi quando passei a escrever aqui, pelo menos aquilo que mais marcou minha vida.
Nem todos entendem, nem todos aceitam.
Passei por três relacionamentos e todos tentaram tirar de mim a "caneta".
Eu até cogitei em largar mas aquilo que eles também poderiam parar por minha causa nem cogitaram em fazer. E hoje percebo como é simples me amar, porque me doo, eu abro mão, até mesmo daquilo que mais amo consigo considerar abrir mão.
Mas não vale a pena, ninguém vale ou se faz valer o sacrifício.
E eu não me importo se pra alguns soa ridículo o que escrevo, se me exponho por ser sincera ou intensa, pode até parecer idiotice mas pra mim não é, escrever é minha vida e por ninguém vou parar.
Saibam que um escritor começa a morrer no dia que parar de escrever e ainda não faço planos de parar de viver, ou escrever.
E essa sou eu, isso são as "Coisas de Daguinha".


Dag Veloso


terça-feira, 18 de abril de 2017

Viajando com a solidão


Com o tempo você percebe que a solidão é uma boa companhia, aprende que cantar desafinado é bem legal (desde que ninguém te ouça rss), que acender as luzes em plena madrugada e agir como se fosse meio dia só e possível sozinha e que sua melhor e mais leal companhia é você mesma.
E no som do silêncio você se percebe feliz, não precisar ouvir lamentações de ninguém e também não tem quem te contrarie, se quiser chorar não haverá ninguém pra te pedir que pare, se quiser rir pode gargalhar em qualquer volume ou horário.
Na verdade a solidão realmente é uma ótima companheira de viagem, como já disse Nizan Guanaes. Embora ele também completou dizendo que a mesma não seria boa conselheira mas depois de tantas coisas que passamos durante a vida, creio que podemos dispensar os conselhos.
Eu sempre vivi muito bem sozinha mas sinto falta de família, do porto seguro, alguém pra quem voltar no fim do dia ou pra eu esperar, talvez pra voltarmos juntos, até.
Mas não se pode ter tudo, acho que o fato de eu gostar da minha própria companhia já me dá vantagens extras sobre as outras pessoas, não é mesmo?
No fim, continuo minha viagem, olhando a paisagem, admirando as crianças e os bichos, olhando os casais de mãos dadas, tirando fotos e também escrevendo sobre as pedras.

Dag Veloso


domingo, 9 de abril de 2017

Victor

O placar marcava 2X2 quando numa breve e íntima oração pedi à Deus que lhes desse a vitória e instantaneamente a resposta veio e foi ao olhar meu sobrinho jogando com tanta garra que entendi que o resultado exposto num placar não determinaria a vitória pois a vitória já está com ele, aliás a vitória pertence à ele desde sua essência até seu nome: Victor.
Comecei a chorar de emoção ao ver algo tão claro.
Me vi ali, milagrosamente, assistindo a um jogo de meu sobrinho depois de ter sido condenada a morte tantas vezes por médicos pessimistas.
Aí está a vitória, participar de mais um momento do meu sobrinho, isso é que chamo de vitória.
O placar... Bem, o placar foi de 6X2 para o time do meu sobrinho mas foi antes do final do jogo que entendi qual era a verdadeira vitória; estar ali, estarmos ali.
Obrigada Senhor, por mais esse momento de vida pois por milagre estou aqui e à Ti seja toda glória pela minha vida.

Dag Veloso

Victor é um dos meus maiores presentes, é parte da coroa 
da minha vitória.




sábado, 25 de março de 2017

Encontros de vida

Estava pensando em como a vida é estranha.
"Hoje" (11 de março) viajei no tempo, num tempo que nunca existiu. Fiz algo que nunca fiz e que deveria ter feito há muito tempo, ficar de bobeira na praça com o namorado em plena tarde de sábado. Depois de beijos bem provocantes eu o olhei e percebi que aquilo que estava vivendo naquele momento era algo inusitado, fora da minha idade, já passei bem do tempo de viver essas coisas e só agora estou vivendo-as.
É um misto de sentimentos, eles chegam a me confundir, me fazem quase enlouquecer no meio dos pensamentos, às vezes, insanos até.
A vida é cheia de desencontros mesmo, passamos por várias pessoas e muitas não mais veremos, outras acabamos esbarrando sem sequer pensar que seria possível tal encontro, modificamos a vida das pessoas com um simples sim que nem sempre deveríamos dizê-lo.
Eu sempre me sinto responsável por envolver pessoas em minha vida, talvez seja egoísmo, talvez preocupação, talvez orgulho, depende do momento e da pessoa mas sempre penso que estou interferindo na vida de outros e não sei se positivamente.
Aprendi tanta coisa sobre a vida nos últimos anos e, não sei se infelizmente, aprendi pela dor.
Quem disse que não se pode aprender com a dor?
Eu aprendi a sorrir, aprendi a chorar, me emocionar, aprendi a olhar as pessoas, observar situações, ainda não sei esperar e nem ser contrariada, aliás, não gostar de ser contrariada veio a piorar depois da doença... risos
Sabe aquela coisa de dizer: Poxa! Já me ferrei tanto o que que essa pessoa tá me dizendo??? Nem que eu esteja errada, tem mais é que me dar razão! kkkkkkkk
Sei que as coisas não funcionam desse jeito e muitas vezes me pego brava por alguém ter sido duro comigo, brigo, esbravejo mas no fim eu sempre entendo o que preciso entender.
Eita! Estou com tanto sono mas as palavras começaram a brincar na minha cabeça e não deu pra eu ficar lá deitada, não.
Estou aqui de novo colocando meus jogos de palavras no blog.
Hoje as palavras são: Desencontros, interferência, essas são as principais porque, na verdade, as palavras dançam na minha mente, se encontram com muita facilidade e se desencontram da mesma maneira, é uma doce imaginação, sutil insanidade, total paixão pela letra.
Eu amo tanto viver!

Dag Veloso


sexta-feira, 24 de março de 2017

Eu te amo... de novo???

Sim, esse tema é sempre muito falado por mim e, ora bolas, eu amo o amor e ele tem tudo a ver comigo.... rsss
Algumas pessoas passam a vida procurando por algo que nem sabem direito o que seja mas eu sempre almejei o verdadeiro amor.
Eu já não sei se amei, tenho muitas dúvidas sobre o assunto.
Tudo que provei até hoje pensando ser amor era algo aprisionador, pesado, não acredito ter sido amor pois quando a gente ama, só se entrega e relaxa, aproveita, curte, ri, sonha, deixa tudo leve e não se faz pesado pra quem ama.
É algo iluminado, que flui, uma troca perfeita e harmônica de sentimentos, sintonia pura e simples.
O amor é delicioso, te faz querer viver feliz e não importa o que aconteça de repente você está sorrindo pro nada e pensando naquele a quem ama.
E você conversa com as paredes sobre o assunto, faz planos de estar junto, não se importa com a marca do fogão ou o piso da casa, aliás não se importa nem se terá uma casa, tudo que se quer é ficar ao lado do amado.
Demorei anos pra entender que o amor é uma construção dia a dia, ele se faz desde ao acordar até ao anoitecer e se refaz no próximo dia e é assim enquanto estiver disposto a construí-lo e estando disposto ele ficará cada vez mais forte.
Na Bíblia existe um versículo que diz que o amor é tão forte quanto a morte. A morte é uma fortaleza pois ninguém a detém, ela é o fim e o começo, a passagem, pra alguns a liberdade, pra outros a prisão eterna e o amor é forte tal qual pois quando ele existe não há quem o vença, porém anda na contramão de direção, pois é só libertador e traz vida.
Creio que esse versículo pode ser muito explorado, repensado, meditado e pode ser responsável por inspirar inúmeros textos a quem quiser escrever sobre o assunto.
Quando o amor acontece você não pondera, não olha seus interesses e não age racionalmente o tempo todo, você só se entrega e quando for o certo você se sentirá a certa também.
Não há condenação para aqueles que amam mas somente para aqueles que brincam com o amor, portanto, tome cuidado com tudo que faz e diz, existe uma responsabilidade sobre esse sentimento, ele é sagrado, não se pode brincar com o amor.

Dag Veloso


A vida é

A vida é um ir e vir de situações, encontros e desencontros, alegrias e tristezas, sorrisos sinceros bem como os forçados.
A vida é uma aceitação permanente de um estado transitório porém de curto período, uns com mais tempo e outros com menos.
Eu vivo num misto de querer tudo pra ontem devido a instabilidade de minha vida, com a tentativa de ser paciente pela simples esperança de que o tempo seja amigável comigo.
É fato que a vida é bastante complicada e pode ser muito dolorida (literalmente até) mas é também perfeita no seu estado milagroso de ser, como por exemplo a respiração, tão perfeita, sincronizada com nossos movimentos, uma verdadeira melodia, vezes serena, vezes conturbada.
Viver entre todos vocês, meus amigos e família, é o melhor presente que Deus poderia ter me dado enquanto ser humana que sou.
E Ele, não contente com tão pouco, ainda me presenteou com uma chance de Redenção em seu Filho.
Ah! Como é bom viver!
Mas eu bem sei que quando a melodia do meu respirar cessar entrarei para O coral de louvor
a Deus.
Deus é muito bom pra mim.
Deus é bom.

Dag Veloso


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Perdão

O perdão não pode ser baseado em sentimentos pois os nossos sentimentos mudam. O perdão é um ato de obediência, um ato de fé. Perdoar é viver livre do consumo da amargura.
Que Deus nos ajude....

Dag Veloso
 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Pai e filha


E hoje você acordou e pensou no filho que não teve, na idade que poderia ter, a índole, a personalidade, pensou em motivos que te deixariam orgulhosa dele, aí seu pensamento passou por motivos que poderiam te envergonhar ou talvez ele se tornar aquela pessoa que não faz diferença se existe ou não no mundo.
Então você parou e pensou no fato de seu próprio pai não te querer por perto e tentou se ver nas opções de que pode ser um desastre como filha, como pessoa ou, simplesmente, nem fazer diferença alguma.
E chegou a conclusão de que preferia nunca ter nascido a ser tão insignificante pra sua própria família.
Mas após o marejar das lágrimas se lembrou que Jesus era repudiado por sua pátria, nunca fora aceito pelo seu povo, foi desprezado e mesmo assim, como um cordeiro mudo, continuou sua missão.
Eu sei que dói, dói demais, até pelo fato de que você não consegue deixar de amar e se importar, a saudade te sufoca e tudo que queria ouvir é, "Filha, eu te amo" ou talvez; "Você faz diferença na minha vida e não é um desgosto pra mim" ou poderia ser só um "oi".
Sim, só um oi já te faria derreter em prantos de emoção.
Mas não se esqueça que Jesus provou de todos os nossos sentimentos numa intensidade fora do comum e se o seu pai te deu as costas, Jesus é o Pai, o Amigo verdadeiro que deu sua própria vida por ti e Ele jamais te deixará.
Então pare de chorar e vá estudar.
Vá viver.
Vá viver, Dag Veloso!

Pois há propósito em tudo que vivemos. Creia, Confie. O tempo ainda não se findou.


sábado, 4 de fevereiro de 2017

Quando tudo é uma farsa

Nesses anos todos após minha separação vivi coisas tão absurdas que nem mesmo eu que as vivi acredito.
Acontece que minha vida é uma constante bagunça, talvez as regras da casa dos pais e depois do próprio casamento camuflava a bagunça que tenho dentro de mim.
É uma constante luta entre fazer o certo e privilegiar à mim assim como eu observo que, no geral, as pessoas fazem.
O problema é que eu vivo nesse dilema e nunca saio de cima do muro nessas questões.
Já ouviu dizer aquela frase: "Quem fica em cima do muro leva mais pedradas do que quem toma partido"?
Talvez eu seja muito influenciável e por isso não opte por lado algum. É, deve ser isso.
Mas a vida não tem sido um mar de rosas pra mim e tenho reagido da pior forma.
A paga de ter me separado é muito grande e nada boa.
Eu achava que em pleno século XXI as coisas seriam mais simples pra uma mulher sozinha.
Mas existe um grande preconceito, uma desolação inigualável que só quem passa sabe como é.
Talvez nem quem passa mas quem se importa ou quem não é tão forte quanto parece.
O fato é que eu nunca estive pronta a ser independente, eu nem sei ser independente mas tenho que ser devido às circunstâncias e acho que não estou conseguindo.
E como a gente faz?
Passamos a vida esperando o certo mas quem é ele?
É alguém que te tira da casa de seus pais pra te abandonar quando mais precisa?
Ou aquele que prefere um stand up em vez de ficar com você quando precisa?
Eu quero alguém que possa me salvar dessa bagunça mas percebo que todos querem o mesmo, especialmente os homens.
Mas sabe o que me perturba mais?
São os homens, os casados em particular, que acham que estou disponível. Pior ainda algumas esposas que escondem o que eles fazem em nome de suas MENTIROSAS família unidas.
Me sinto como uma fugitiva, eu saio do convívio de algumas pessoas e essas pessoas agem como se eu fosse o problemas pra não darem o braço a torcer de que tem muita sujeira de baixo dos seus tapetes.
Mas humm, acham mesmo que eu me interessaria por um desdentado, velho ou coisa pior?
Como diz sempre um amigo meu, eu poderia ter o homem que eu quisesse então como são pretensiosos esses velhos babões, né?
Tá, é um grande exagero dizer que eu poderia ter o homem que eu quisesse pois se assim fosse talvez eu não estivesse sozinha mas se fosse pra eu fazer burradas eu, pelo menos, teria um gosto melhorzinho do que o que me foi proposto.
Isso é um desabafo, eu sei.
Meu coração tá bem dolorido essa semana, pensando nas tantas pessoas que perdi no meu caminho.
Algumas devido à minha própria bagunça sentimental, outras por causa da bagunça alheia embora camuflada por hipocrisias.
O pior de tudo é analisar e ver que a única coisa verdadeira em tudo isso foi o Silas. Quando ele me traiu foi mais fácil acusá-lo de ter jogado tudo fora do que assumir meus próprios erros.
Independente de tudo que passei no final do casamento me lembro que minha bagunça interior se acertava na nossa rotina.
Talvez tenha sido difícil pra ele conviver com minha bagunça e cansou.
Engraçado que eu não encontrei alguém pior que ele mas também não encontrei melhor que ele.
É um capítulo findado e não tenho intenção de escrever algo sobre isso no restante do meu livro mas precisava ser sincera quanto à tudo isso.
A vida é um reflexo daquilo que mostramos à ela, só um louco retornaria socos à um sorriso.
Será que em algum momento não "soquei" alguém que me sorriu?
Loucura total!
Talvez todos tenhamos momentos de loucura mas, no geral, não se sai "socando" pessoas sem motivo algum.
Não importa onde você vá, com quem esteja ou até se estiver sozinha, sua bagunça sempre estará dentro de você.
A dor da vida mal resolvida é quase que palpável e não cessa a não ser que a resolva.
Então faça-me um favor, Dag (eu), RESOLVA-SE.

Dag Veloso