quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Adeus

Hoje achei no meio da bagunça aquela foto.
A minha foto que encontrei na sua gaveta, escondida sob as roupas íntimas.
A foto que ficava na sua carteira e foi substituída...
Joguei-a após derramar lágrimas sobre minha própria face ali retratada.
Junto a ela foram meus sonhos depositados em você.
Meu foco era você e, demorei muito a estender, você estava certo: Precisava de alguém com outros objetivos e hoje sou essa mulher porém não mais sua.
Sua crueldade me tornou determinada e forte, sua falta de amor me tirou a ilusão, sua indiferença me tornou egoísta.
No fim você me serviu muito mais do que eu à você e não te sou grata por isso pois doeu.
É que não era pra ser, nunca houve confirmação, ninguém te aprovou sem meus (não teus) esforços, mesmo Deus tentou avisar e meu amor me cegou.
Amor esse que você mesmo destruiu.
Espero que esteja dormindo bem, que possa repousar mesmo sabendo que tirou uma menina sonhadora de sua casa para destruí-la.
Porém a glória da segunda casa é maior do que a primeira.
Posso te agradecer?
Não.
Posso agradecer à Deus por ter me livrado da morte enquanto usava uma aliança sem par.
Todos os meus sonhos escorreram por entre meus dedos enquanto via a nova foto, colocada no lugar da minha.
Hoje Deus me dá novos sonhos, novas metas, nova visão e no final era você a barreira que me impedia de ir.
Adeus.
(Escrito em 2016)

Dag Veloso

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