segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Olhares perdidos

Meu olhar cruzou com o olhar de uma senhora que dirigia e pensei com quantos conflitos aquela vida se depara. Apesar da beleza e aparência deve ter tanto alegrias quanto tristezas e provavelmente não iremos saber uma da outra. Nos olhamos e não temos a menor noção do quanto especiais ou insignificantes somos no mundo. Eu sempre penso na enorme distância que existe entre os seres humanos e em como vemos como seres humanos somente quem conhecemos, o resto se torna sem importância.
Facilmente conseguimos perder a paciência no trânsito, por exemplo, porque se torna indiferente a existência de um ser humano cheio de conflitos, que talvez tenha acabado de tirar carta ou esteja correndo porque há alguém doente no banco de trás ou de vagar porque tenha um paciente de mieloma com muita dor (aconteceu comigo) etc, etc...
Se houvesse uma consciência clara da fragilidade tanto emocional quanto física de cada pessoa que nos passa despercebido o mundo seria menos humano e mais espiritual, certamente seria melhor.

Dag Veloso

Elevado Costa e Silva, Santa Cecília/SP

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