sábado, 4 de fevereiro de 2017

Quando tudo é uma farsa

Nesses anos todos após minha separação vivi coisas tão absurdas que nem mesmo eu que as vivi acredito.
Acontece que minha vida é uma constante bagunça, talvez as regras da casa dos pais e depois do próprio casamento camuflava a bagunça que tenho dentro de mim.
É uma constante luta entre fazer o certo e privilegiar à mim assim como eu observo que, no geral, as pessoas fazem.
O problema é que eu vivo nesse dilema e nunca saio de cima do muro nessas questões.
Já ouviu dizer aquela frase: "Quem fica em cima do muro leva mais pedradas do que quem toma partido"?
Talvez eu seja muito influenciável e por isso não opte por lado algum. É, deve ser isso.
Mas a vida não tem sido um mar de rosas pra mim e tenho reagido da pior forma.
A paga de ter me separado é muito grande e nada boa.
Eu achava que em pleno século XXI as coisas seriam mais simples pra uma mulher sozinha.
Mas existe um grande preconceito, uma desolação inigualável que só quem passa sabe como é.
Talvez nem quem passa mas quem se importa ou quem não é tão forte quanto parece.
O fato é que eu nunca estive pronta a ser independente, eu nem sei ser independente mas tenho que ser devido às circunstâncias e acho que não estou conseguindo.
E como a gente faz?
Passamos a vida esperando o certo mas quem é ele?
É alguém que te tira da casa de seus pais pra te abandonar quando mais precisa?
Ou aquele que prefere um stand up em vez de ficar com você quando precisa?
Eu quero alguém que possa me salvar dessa bagunça mas percebo que todos querem o mesmo, especialmente os homens.
Mas sabe o que me perturba mais?
São os homens, os casados em particular, que acham que estou disponível. Pior ainda algumas esposas que escondem o que eles fazem em nome de suas MENTIROSAS família unidas.
Me sinto como uma fugitiva, eu saio do convívio de algumas pessoas e essas pessoas agem como se eu fosse o problemas pra não darem o braço a torcer de que tem muita sujeira de baixo dos seus tapetes.
Mas humm, acham mesmo que eu me interessaria por um desdentado, velho ou coisa pior?
Como diz sempre um amigo meu, eu poderia ter o homem que eu quisesse então como são pretensiosos esses velhos babões, né?
Tá, é um grande exagero dizer que eu poderia ter o homem que eu quisesse pois se assim fosse talvez eu não estivesse sozinha mas se fosse pra eu fazer burradas eu, pelo menos, teria um gosto melhorzinho do que o que me foi proposto.
Isso é um desabafo, eu sei.
Meu coração tá bem dolorido essa semana, pensando nas tantas pessoas que perdi no meu caminho.
Algumas devido à minha própria bagunça sentimental, outras por causa da bagunça alheia embora camuflada por hipocrisias.
O pior de tudo é analisar e ver que a única coisa verdadeira em tudo isso foi o Silas. Quando ele me traiu foi mais fácil acusá-lo de ter jogado tudo fora do que assumir meus próprios erros.
Independente de tudo que passei no final do casamento me lembro que minha bagunça interior se acertava na nossa rotina.
Talvez tenha sido difícil pra ele conviver com minha bagunça e cansou.
Engraçado que eu não encontrei alguém pior que ele mas também não encontrei melhor que ele.
É um capítulo findado e não tenho intenção de escrever algo sobre isso no restante do meu livro mas precisava ser sincera quanto à tudo isso.
A vida é um reflexo daquilo que mostramos à ela, só um louco retornaria socos à um sorriso.
Será que em algum momento não "soquei" alguém que me sorriu?
Loucura total!
Talvez todos tenhamos momentos de loucura mas, no geral, não se sai "socando" pessoas sem motivo algum.
Não importa onde você vá, com quem esteja ou até se estiver sozinha, sua bagunça sempre estará dentro de você.
A dor da vida mal resolvida é quase que palpável e não cessa a não ser que a resolva.
Então faça-me um favor, Dag (eu), RESOLVA-SE.

Dag Veloso

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