Sinceramente eu amo escrever e faço isso razoavelmente bem, o suficiente pra passar naquilo que escrevo tudo aquilo que sinto.
As situações de minha vida me ensinam ou me fazem pensar e repensar e então eu escrevo.
Não é sobre você ou outra pessoa mas sobre mim e tudo o que sinto.
Alguns se identificam tanto que tomam como pessoal, me excluem, já teve quem tirou satisfação e eu, nem de longe, havia pensado na pessoa...rss Faz parte!
Mas é sempre sobre mim.
Desde pequena gostava de diários, tinha poucas amigas por conta da timidez exagerada e era muito fechada, encontrava na caneta um guia e no papel uma pousada reconfortante, talvez meu verdadeiro lar.
No dia 10 de junho de 2005 alguém me perguntou se eu precisava de algo, eu estava imóvel numa cama de hospital e provavelmente não voltaria a andar e eu pedi apenas um caderno e uma caneta.
Escrevia tudo que sentia ali, dia após dia entre lágrimas e dores.
Anos depois (graças à Deus andando) fui apresentada ao mundo maravilho (talvez não tão maravilhoso) do blog. Foi quando passei a escrever aqui, pelo menos aquilo que mais marcou minha vida.
Nem todos entendem, nem todos aceitam.
Passei por três relacionamentos e todos tentaram tirar de mim a "caneta".
Eu até cogitei em largar mas aquilo que eles também poderiam parar por minha causa nem cogitaram em fazer. E hoje percebo como é simples me amar, porque me doo, eu abro mão, até mesmo daquilo que mais amo consigo considerar abrir mão.
Mas não vale a pena, ninguém vale ou se faz valer o sacrifício.
E eu não me importo se pra alguns soa ridículo o que escrevo, se me exponho por ser sincera ou intensa, pode até parecer idiotice mas pra mim não é, escrever é minha vida e por ninguém vou parar.
Saibam que um escritor começa a morrer no dia que parar de escrever e ainda não faço planos de parar de viver, ou escrever.
E essa sou eu, isso são as "Coisas de Daguinha".
Dag Veloso