sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Nostalgia

Sinto falta da vida.
O que é a vida senão ser feliz, estar em contato com os que ama, ser criança inocente, sonhar com o impossível, sonhar com o mocinho do filme de super herói, tomar sorvete sem se preocupar se vai cair na roupa, brincar de pique esconde sem ligar pro que as pessoas vão pensar...?
Sinto falta da vida.
As brincadeiras de boneca no pátio do prédio com as outras meninas, os cochichos a respeito do irmão mais velho da coleguinha de classe, matar aula pulando o muro da escola pra ir passear com a melhor amiga (fiz muito isso com minha amiga Claudia, amiga até hoje...), o ensopado de frango da mãe, os cheiros (beijos) do pai, as brigas com os irmãos...
Sinto falta da vida.
A felicidade de simplesmente existir.
Fazer coisas engraçadas, descobrir que fez algo errado e bastante idiota e nem percebeu no momento, conversar coisas bobas e se sentir o máximo por estar sendo ouvido por alguém mais velho. Descobrir que é bom ser ouvido, descobrir que está crescendo, amadurecendo...
Que pena!
Sinto falta da vida.
Porque cresci e amadureci, tudo passou como num filme, algumas coisas nem aproveitei direito, ansiei pelo momento em que seria adulta e agora anseio por segundas chances.
Se pudesse voltar atrás...
Se tivesse uma nova chance...
Questões e mais questões que nos afligem, a dor do arrependimento, do remorso, da tristeza, da saudade...
Crescemos e nem percebemos, nos vimos em cada passo de aprendizado mas estávamos tão ansiosos por crescimento que nem percebemos que grandes éramos quando pequenos, agora não mais.
Perdemos a inocência, a pureza, perdemos a essência da vida e quando se nota isso é porque já crescemos e não tem mais volta.
Sinto falta da vida.


Dag Veloso

Dedico este à minha querida mãe que está lutando pelo que acredita, um pouco longe daqui mas junto com parte da minha família, lutando por sua vida. Dedico à grande mulher que me criou e é participante daquilo que sou hoje. Dedico todo meu amor à você Júnia, minha mãe.
Beijo saudoso!

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